Não vou cometer o pedantismo de criticar esses filmes por como eles insinuam que, para a mulher, o sucesso na vida profissional e a beleza não as torna completas, pois elas precisam do bom e velho peito masculino para se ancorarem. Elas levam a vida sem isso, mas na hora que se lembram por um instante do quanto pode ser consolador um apoio masculino, se desmancham e se dão conta do quanto sua vida foi vazia e sem sentido até então. Até porque, a culpa não seja, propriamente de Holiwood. Eles apenas querem vender, e se essa é a receita do sucesso, é proque esse é o tipo de história que as mulheres querem comprar. Então deve ter algo de verdade nelas...
Será que basta ser uma garota-problema e comprar Starbucks de manhã para viver uma comédia romântica. Ou seja, conhecer um cara antipático no início, depois sensível, depois canalha, depois louco apaixonado correndo atrás do meu táxi para me pedir perdão por algo que ele não fez e eu achei que ele fez por um mal-entendido? Por via das dúvidas, e na falta de Starbucks, vou caçar um lugar legal e aderir a rotina de comprar café nele todo dia de manhã. Aí está a simpatia, mas ela só funciona para garotas problema satisfeitas com seu desempenho profissional (mesmo que, como no meu caso, ele não seja grande coisa, eu que não sou muito exigente). E também só funciona se comprar o café for parte da sua rotina. Se não, nada de comédia-romântica. Não tem problema se quem bebe o café é seu chefe. A simpatia suporta essa variação.